Sorria a Odontologia Desperta! 2013 Neles!

A Classe Odontológica é uma categoria profissional que – reconhecidamente pela população – é passível de ser dividida em quatro diferentes subcategorias; ou tipos: Dentista de Posto; Dentista de Convênio; Dentista Particular e Dentista de Rico.

Embora exista somente um tipo de sindicato para todas elas, cada qual destas “subcategorias ou tipos” tem objetivo e horizontes profissionais distintos. Os colegas que trabalham no serviço público e/ou privado deveriam ter um Sindicato que buscasse estabelecer um piso mínimo digno, um plano de carreira, a isonomia salarial com os médicos etc. Já os dentistas de Convênio, um Sindicato que sustentasse um permanente embate com os planos de Saúde em busca de 100% da Tabela CHPO, o completo fim de exigências de Rx inicial e final, a eliminação do absurdo sistema de glosas.

Por fim, os dentistas de consultórios e os dentistas de rico, incomodados com a desvalorização geral da classe e carentes dia a dia de pacientes e problemas de recebimentos com os pacientes demandam um Sindicato Patronal, preocupado em fazer os enfrentamentos com funcionários e outros colegas contratados.

É verdade que União, só existe quanto às prerrogativas fundamentais do exercício profissional. E como se pode perceber, muitos objetivos das subcategorias ou tipos de dentistas são inclusive frontalmente antagônicos. Mas na história da odontologia, nunca todos os tipos estiveram tão desprestigiados socialmente quanto agora. Chegamos a esta situação absurda. Por que isso?

Afinal, como ser dentista de rico numa categoria tão empobrecida? Como ser dentista particular com tantos convênios nos roubando os pacientes. Como ser dentista de convênio com tantas glosas e trapaceadas? Como ser dentista de posto com as remunerações ridículas que são oferecidas?

União em torno de que? De uma liderança que nos levou a esta situação? Que dirigiu a categoria ao longo dos últimos 20 anos?

Nossa Ciência e Profissão caminharam de forma muito díspares nos últimos 25 anos. Enquanto a Ciência registrou expressivos saltos de qualidade, com evolução da efetividade e confiabilidade técnica, a prática profissional – portadora deste elevadíssimo conteúdo técnico – declinou absurdamente em seus patamares de remuneração.

Mas curiosamente, todos os tipos diferentes tipos de dentistas julgam-se os herdeiros naturais da velha, boa e rendosa odontologia de outrora.

Assim, diante dos dilemas e problemas organizativos classistas, queremos crer que a melhor forma (e histórica também) de equacionar estes diferentes problemas, será a realizada por pequenos grupos de trabalho. Profundamente sintonizados com seu próprio tipo ou subcategoria. Efetivamente informado e participante de cada uma destas realidades.

Pequenos grupos com capacidade organizativa, de planejamento e de interlocução. Grupos que efetivamente busquem promover o “bem comum” tendo por diretriz de trabalho a consciência de que seu discurso tem que ser bom como propaganda. Convencer cada indivíduo dentista a “comprar” a ideia desta causa. E mobilizar assim, uma parcela expressiva de nossos colegas.

Este é o preço que pagaremos por um eventual acerto maior no futuro. Somos a favor de todas as inciativas de conscientização e mobilização coletiva da classe. Todas, sem exceção; pois erros e acertos contribuem para nosso crescimento.
Defendemos o desenvolvimento de planos quinquenais para nossas instituições, elaborados pelas faculdades. Em função dos desenvolvimentos científicos previstos de cada área de especialidade. E um preparo das instituições políticas; para a realidade futura.

Defendemos a formação de um Corpo de Assessores “Ad Hoc”, autônomo e independente para auxiliar o CROSP e CFO. Composto por 3 (três) integrantes indicados por cada Faculdade de Odontologia do Estado de São Paulo. Instância Diretiva Máxima da Classe Odontológica que auxiliará o CROSP, e seus Conselheiros Eleitos, com Estudos e Pesquisas necessárias à formulação de políticas para a classe Odontológica Paulista, bem como com Proposições políticas de Orientação aos Conselheiros Eleitos; que poderão acatar ou não tais orientações. Mas que ao longo do tempo, formarão um parâmetro de avaliação da conduta dos Conselheiros eleitos ao longo dos anos e décadas. Uma referência de Pensamento Científico, destinado ao Poder Político.

Defendemos o total respeito à proporcionalidade de composição (e própria mesma), dos diferentes tipos ou subcategorias da Classe Odontológica registrada no CROSP; na composição dos Grupos de Trabalho. E desejavelmente, também, na composição dos Conselheiros a serem eleitos para o CROSP. Não esquecendo as dicotomias existentes que apontam 80% de Clínicos Gerais; 60% de Mulheres. Afinal, para defender que uma instituição permaneça lutando pelos objetivos que se propôs, ninguém melhor que os próprios interessados nos resultados.

Não precisamos só ter sucesso em congressos científicos. Também podemos ter nas organizações políticas. Os colegas, hoje em postos de direção, já tentaram o seu melhor. E não conseguiram. Renovação. Democracia e Transparência! 2013 Neles!

Como já demonstramos em outro texto (Reflexão Odontológica Contemporânea; em apenas duas Folhas) é fácil perceber que, desde o seu nascedouro, nossas instituições classistas sempre foram assumida por uns poucos colegas. Tão poucos – e tão sempre os mesmos – que a composição de chapa única foi a norma.
A primeira disputa de duas chapas no CFO, só foi ocorrer em 1976, quando o movimento sindical odontológico foi perdedor para os representantes dos militares. Hoje, as unidades de SE, MG, RJ, DF, ES, GO, PI não se alinham com a atual conduta do CFO. PE foi impedida judicialmente de votar.

Então, colegas de unidades federativas que irão eleger seus representantes classistas pensem. Reflitam. Raciocinem. Seja o colega de MG, RJ, ES, SE, PE ou SP.
O que desejam para a profissão? Autoritarismo extemporâneo, fora de tempo e da hora? Que condena colega de 83 por infração ética por ter feito uso de emitir sua opinião?

Ou Democracia, Transparência, respeito à livre expressão do pensamento?

Faça do seu voto, a expressão de sua vontade e independência.

Procure conhecer a Plataforma de atuação dos diferentes grupos organizados.

No Estado de São Paulo, de comum nas oposições, o que já existe é um contrato mínimo de cordialidade e respeito; entre as diferentes forças profissionais organizadas. Todos em busca da tão necessária renovação institucional. Estaremos todos juntos no segundo turno.

Renovação. Democracia. Transparência.

Sorria a Odontologia Desperta! 2013 Neles!

Dr. Alexandre Rangel, formado pela FOP/UNICAMP Trabalha na clínica www.tiradentes999.com.br

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Equipe Dicas Odonto