Recentemente, a proibição do amálgama no estado do Rio de Janeiro deixou os dentistas encafifados. O material que ainda é largamente usado na saúde pública brasileira e tem 150 anos de uso e estudos foi banido por um projeto de lei. Esta postagem serve de alerta ao público geral sobre a segurança do amálgama.
Clique sobre as imagens para ver resoluções esclarecidas sobre o amálgama (Fonte – ABOPREV Facebook)
Você não precisa correr para o dentista e trocar todas suas restaurações de amálgama. Restaurações em bom estado de conservação, analisadas por um dentista, podem permanecer na boca sem que você se preocupe com contaminação por mercúrio.
Os grupos fechados de Facebook que discutem saúde bucal foram à loucura na semana passada. Foram centenas de comentários defendendo ou atacando o amálgama, mas um ponto não ficou muito claro: proibiram baseado em quê? Alguns colegas lembraram que existe um pacto assinado pelo governo federal. O Brasil pretende estar livre de produtos que podem liberar mercúrio na natureza até 2020 (Convenção de Minimata – VEJA AQUI). Termômetros e aparelhos para aferir pressão arterial, por exemplo, não poderão mais ser comercializados com mercúrio.
O amálgama acabou entrando no bolo. O que alguns dentistas se perguntam é: como que algo pode ser proibido sem antes haver a implantação de uma alternativa viável em saúde pública? As resinas são mais caras e possuem uma técnica mais complicada que precisa ser seguida à risca para diminuir infiltrações.
O projeto de lei proposto e aprovado no Rio de Janeiro está mais baseado em achismos e paixão do que em literatura séria da odontologia. Hoje a ABOPREV (Associação Brasileira de Odontologia de Promoção de Saúde) soltou um artigo em sua página do Facebook (Curta AQUI) confirmando o que estamos falando aqui no Blog: A literatura mostra que o amálgama é seguro para o ser humano. Salvo para quem tem hipersensibilidade ao metal pesado. O problema está no descarte das sobras no meio ambiente e não na obturação que você tem na boca.
Acho muito válido o esforço para diminuir o descarte de mercúrio na natureza, mas as coisas são feitas no “atropelo” aqui no Brasil. Se proíbe antes de adequar o serviço e se espalha informação ruim, causando confusão e medo na população. Posso estar parecendo muito repetitivo com esse assunto, mas acho seríssimo e triste que as coisas possam ser feitas dessa maneira, sem planejamento e conhecimento.
Dica do amigo Luiz Vicente
Um Abraço,
Equipe Dicas Odonto