Sabemos que as pessoas tem uma mania muito ruim aqui no Brasil: a automedicação. As pessoas pegam dicas com amigos, na Internet e em último caso resolvem ir ao médico ou ao dentista para saber qual o medicamento correto para tomar para o seu problema.
Sabemos que as pessoas tomam antibiótico quando estão com dor, tomam remédios para dor muscular quando estão com dor de dente, entre outras coisas. E pior: a maioria sabe que está agindo errado e que pode até piorar ou mascarar seus sintomas. Parece que isso já está na cultura do brasileiro.
Outras pessoas, que tomam vários tipos de remédios e acham que sabem como funcionam, até dão dicas à amigos sobre o que tomar. Vemos isso nas propagandas da TV! Alguém está com dor de cabeça e outra pessoa que está passando na rua diz: “Toma ISSO que passa!”, Há aquele aviso no final da propaganda, mas ninguém, durante o comercial diz: “Olha, procure um médico que ele vai poder diagnosticar seu problema e prescrever o remédio certo.”
Eu gostei desta campanha do Ministério da Saúde que mostra um medicamento irregular. Segundo informações da Revista Super Interessante, 50 % dos medicamentos vendidos na Internet são falsos e na África e América Latina, a porcentagem cai para 30 %, o que não é pouco. Quem já não ouviu histórias de gente que comprou remédios pela Internet e depois que a pessoa tomou, passou mal ou não teve os efeitos desejados? Comum, não é?
Quando eu estava na faculdade, em 1999, as aulas de Farmacologia começaram à ensinar sobre nomes de medicamentos genéricos. Hoje em dia, os genéricos estão consolidados e com preços competitivos, mas o que dizem por aí (são só rumores que ouvi, conversando com médicos que trabalham com isso todos os dias) que a fiscalização está mais branda. Alguns médicos afirmam que alguns medicamentos genéricos possam ser ineficazes. Será que esta informação procede? Poxa, se não poderemos confiar nos remédios que vendem nas farmácias, vamos confiar no quê? Eu prescrevo genéricos.
Pacientes: sigam sempre a receita dada pelo médico ou pelo dentista. Não mude de remédio, na última hora e siga as recomendações. Quando eu receito, também levo em consideração a classe social da pessoa. Para a população mais carente que atendo, passo remédios que são dados nos Postos de Saúde.
Pacientes: Não tomem antibióticos para a dor, sem prescrição. Para ficar bem claro: Antibióticos são para infecções; Antiinflamatórios são para inflamações e para a dor; Analgésicos são exclusivamente para a dor. Óbvio que há medicamentos que juntam algumas características e milhares de tipos que são mais eficazes em alguns casos do que em outros.
Paciente: Sempre converse com seu médico ou dentista sobre suas alergias ou seus problemas com alguns remédios. Sempre há outra opção para receitar. Tire a dúvida antes de sair da consulta e não deixe para encher o farmacêutico de perguntas. Pergunte à quem está receitando: “Esse remédio tem Genérico?”; “Esse remédio é muito caro?”; “Existe algum outro que possa substituir esse receitado?”
Neste link há uma triste notícia, sobre este assunto, enviada pela colega Carol_AOX , do Twitter:
São coisas simples e básicas, mas que devem ser faladas, pois quase ninguém faz. Cuidado com medicamentos falsos, como os da foto abaixo:
Esses são de brincadeira, apenas para quebrar o clima tenso do assunto, mas com remédio não se brinca. (Obrigado para a Dra. Fernanda, minha querida colega de P.S., que me enviou esta foto por e-mail)
Um Abraço,
Equipe Dicas Odonto
É muito importante reforçar este assunto.
Remédio não é brincadeira, e o remédio que fez bem para algum conhecido seu pode não ter o mesmo efeito sobre outras pessoas!!