Nesta terça feira, dia 02/06/2015, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o volume II do  PNS – Pesquisa Nacional de Saúde 2013 – Uma continuação do estudo sobre a percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas dos brasileiros. É o mais novo estudo dessa área com dados sobre a saúde do brasileiro. E os dados sobre a saúde bucal continuam alarmantes. 

Cerca de 67,4% das pessoas declaram que sua saúde bucal é boa, ou muito boa. Parece que a percepção do brasileiro está bastante otimista. O problema é que outros dados mostram um pequeno panorama da saúde bucal do brasileiro:

Isso mostra que ainda é preciso muito mais investimento e planejamento para dar mais acesso à saúde bucal no sistema público. 

Uma maneira de avaliar esse dado junto com a percepção inicial do brasileiro é que: se quase 70% das pessoas declara que sua saúde está boa ou muito boa, essas pessoas não procuram o dentista. Essa interpretação nos leva a crer que o brasileiro, em sua maioria, procura o dentista apenas quando percebe que sua saúde bucal não está bem. E parece que demoram para perceber que as coisas vão mal na boca. As pessoas só lembram dos dentistas quando têm problemas no dente. Leia-se: “dor”. 

Esse é um dos grandes problemas da nossa saúde bucal: a falta de prevenção. Prevenção é barata, rápida, mais simples e indolor. Apenas demanda frequência e dedicação. Existe uma recomendação geral que se deve visitar o dentista duas vezes ao ano – de 6 em 6 meses. Isso vai variar de paciente para paciente, levando em conta determinados riscos, mas seria interessante você passar no dentista pelo menos uma vez ao ano. Mais da metade dos brasileiros não fazem isso.

Outros dados mostram que as mulheres se consultam com mais frequência que os homens e que o grau de instrução influencia bastante na ida ao dentista. Para motivo de comparação: 77,1% das pessoas entrevistadas consultaram um médico nos últimos 12 meses da pesquisa.

Isso representa 16 milhões de pessoas. Somos uma nação de 16 milhões de desdentados, com cerca de 260 mil dentistas (país com maior quantidade de dentistas no mundo). Má distribuição dos dentistas por região, grau de instrução da população, falta de campanhas governamentais visando a saúde bucal e a falta de acesso e poder aquisitivo da população estão entre os principais fatores desse resultado. 

Esta é a primeira edição da Pesquisa Nacional de Saúde feita pelo IBGE, então, não temos como comparar dados com pesquisas anteriores. Dados de outras pesquisas do início dos anos 2000 mostram 28 % de adultos sem nenhum dente na boca. O número ainda é alto, mas parece que as coisas estão melhorando. São passos de tartaruga, mas são passos dados adiante. 

Fonte – IBGE – http://saladeimprensa.ibge.gov.br/pt/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2902

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Equipe Dicas Odonto