A fluoretação da água de abastecimento é um dos métodos mais importantes e eficazes contra a prevenção de cáries da história da humanidade. Isso é baseado em evidências científicas de qualidade. O método é barato, simples e tem um alcance estrondoso, atingindo toda a população, poque o veículo utilizado é a própria água de abastecimento. O que acontece é que esse método sempre foi demonizado de um jeito ou de outro por uma minoria insatisfeita e birrenta. Será que eles têm razão?
Analisando a literatura científica que temos hoje, respondo: Não! Os birrentos não têm razão. Você pode se situar um pouco mais para a leitura desta postagem, dando uma lida neste artigo AQUI que mostra os esforços de um grupo que clama pelo fim da fluoretação das águas de abastecimento, usando estudos científicos de caráter duvidoso e bravatas vazias. A Internet disponibiliza muitos vídeos, artigos, notícias e até sites que falam dos malefícios do flúor. Até onde isso é verdade?
Segundo o Dr. Jaime Cury, professor da UNICAMP, um dos maiores estudiosos quando se fala de flúor, com reconhecimento internacional, o único ponto que mudou dos anos 50 para cá é que alguns países não precisam mais da fluoretação das águas de abastecimento porque não possuem mais níveis relevantes de cárie. Ponto. O Brasil ainda não se inclui nesta lista e o fluoretação continua sendo lei por aqui.
No século passado, cada década apresentava o flúor como um vilão diferente, segundo as propagandas anti-fluoretação das águas de abastecimento. Na verdade, pareciam mais planos maléficos de vilões de histórias em quadrinhos para dominar o mundo do que ciência de verdade.
O que eu ainda não consegui entender é a motivação por trás dessas mentiras contra esse método de utilização do flúor. Alguns desses entusiastas afirmam que o índice de cárie diminuiu mesmo em locais onde a água não foi fluoretada. Isso é uma meia verdade. O mundo todo apresentou diminuição no índice de cárie, independente do local ter sua água fluoretada ou não, mas os locais onde houve a fluoretação tem índices perto de zero. O fato é que o acesso a pastas de dentes com flúor e ao dentista aumentaram também. Isso não quer dizer que a água com flúor não tem efeito. São falhas na interpretação dos dados, somados a estudos mal conduzidos.
O meu objetivo com esta postagem é fortalecer a verdade científica atual sobre o flúor na água, como ele é utilizado e padronizado aqui no Brasil. Ele NÃO é responsável pelo aumento dos casos do câncer de tireóide, NÃO tem efeito sobre a inteligência e o QI, NÃO é lixo tóxico para uso do controle das massas e NÃO causa AIDS nem Mal de Alzheimer. O único “efeito colateral” indesejado advindo da fluoretação das águas é a FLUOROSE (basta clicar sobre o link para saber mais sobre Fluorose). Compartilhe com seus amigos que o FLÚOR é seguro se usado com racionalidade.
O pior de tudo é ver profissionais da área da saúde engajados nessa batalha contra a fluoretação da água de abastecimento. Já escutei de vários dentistas essa ladainha de que o governo está nos envenenando e que estamos mais burros e sujeitos ao câncer por culpa desse meio de prevenção da cárie que é aprovado pela OMS e por vários países que usam pesquisas sérias para isso. Talvez a motivação por trás disso seja o aumento da venda de “filtros” que retiram o flúor da água, assim como uma médica inglesa que declarou guerra ao fio dental porque queria vender mais seus produtos com xilitol. Cuidado. Não é porque viu algo na Internet que isso é necessariamente verdade. Não é?
Se não acreditam em mim, ou no Dr Jaime Cury, vejam esse vídeo:
[youtube]kKK5jWiXvIE[/youtube]
SAIBA MAIS:
– Por que usar fluoreto em Odontologia e seu mecanismo de ação anticárie – Parte I
– Meios de usar fluoreto em Odontologia – Parte II
Um Abraço,
Equipe Dicas Odonto