Imagens radiográficas são representações em duas dimensões de estruturas que tem três dimensões. O que vemos nos filmes radiográficos nada mais é do que a “sombra” das estruturas duras do nosso corpo. Tendo isso em mente, lidamos com o problema da sobreposição de imagens que pode nos enganar na hora de analisar uma radiografia. O famoso Clark que da nome à técnica percebeu que bastava mudar o ângulo horizontal da incidência do raio X para que as estruturas escondidas pela sobreposição “se movessem” e aparecessem. Entenda à seguir.
Usando conceitos da Astronomia como a Paralaxe, Clark resolveu um problema de forma extremamente simples. Esse conceito é básico para cirurgiões dentistas já acostumados com o dia a dia da clínica, mas pode ser de difícil compreensão para o acadêmico de Odontologia, no início. Com esta imagem ilustrativa desse artigo fica muito fácil entender o conceito e não se confundir sobre qual conduto seria o palatino ou o vestibular.
No método de Clark você altera o ângulo horizontal da ampola de raios X para mesial ou para distal. A imagem acima explica a técnica por si só. Aliás, de maneira genial e bem humorada. Infelizmente não encontramos o autor.
Existem algumas situações odontológicas nas radiografias onde a gente precisa ver a estrutura que está por trás, como um dente incluso ou um canal na hora da prova do cone, por exemplo. Basta lembrar dessa imagem e imaginar as estruturas. Tudo depende do lado que você escolher para a angulação da incidência. Imagine como se você estivesse movendo sua cabeça para um lado para enxergar algo que está atrás de um objeto que você está olhando. Se você se mexer para a a esquerda, objeto ao fundo vai se mover para o lado contrário, isto é, para a direita e vice versa.
Com a prática diária, o conceito fica mais simples, nos dando opção de mesializar ou distalizar a tomada radiográfica dependendo da situação. Se você quiser saber mais a fundo sobre a Técnica de Clark, sugiro entrar NESTE LINK do Blog Raios X.
Um Abraço,
Equipe Dicas Odonto