Uma pesquisa baseada em alta tecnologia e tomografias computadorizadas está permitindo um novo olhar sobre os romanos que viviam em Pompéia na época em que uma erupção vulcânica cobriu a cidade, em 79 d.C. Imagens das arcadas dentárias revelam muitas características sobre a vida desse povo que “virou pedra” há mais de 2000 anos.
O mais interessante: à partir das imagens tomográficas é possível ver os dentes das pessoas que ficaram cobertas de lava e hoje seus cadáveres habitam peças de pedra vulcânica. Segundo alguns pesquisadores, os romanos de Pompéia, em sua maioria tinham todos os dentes na boca. Uma dieta com baixo consumo de açúcar e alto consumo de fibras e alimentos que hoje consideramos saudáveis, algo próximo de uma dieta Mediterrânea pode ser um dos fatores que permitiu a conservação dos dentes dessa população.
“Os habitantes de Pompéia comiam muitas frutas, vegetais e pouco açúcar. Eles comiam melhor do que comemos hoje em dia e têm dentes muito bons. Estudar seus dentes pode revelar muito sobre seu estilo de vida.” – afirmou Elisa Vanacore, uma dentista especialista no assunto.
Eles não usavam escovas de dente e nem as pastas de dente que temos hoje. E seus ossos continham um alto nível de flúor, devido à água que consumiam naquela região da Itália. Sabemos que hoje a água fluoretada tem níveis seguros para nossos consumo, mas o grande excesso de flúor em águas daquela região provocou deteriorações ósseas nos habitantes da cidade.
Cerca de 2.000 pessoas morreram por causa da erupção do Vesúvio em Pompéia. O vulcão deu sinais de sua erupção iminente, possibilitando a fuga de grande parte da população estimada em 20.000 pessoas naquela região. Este projeto de pesquisa reuniu um time de especialistas italianos formado por radiologistas, arqueólogos, ortodontistas e antropologistas.
Fonte: The Telegraph; Daily Mail
Dica da leitora Flavia Beatriz
Um Abraço,
Equipe Dicas Odonto